18/06/2013

restaurante - 100 maneiras

Este ano, à semelhança do anterior, decidimos comemorar o aniversário do João num restaurante cujo responsável pela cozinha fosse um chef de reconhecido mérito. Em terras de sua majestade optámos pelo Claridge's do Ramsay e este ano pelo 100 maneiras, do Ljubomir Stanisic.  

O restaurante 100 maneiras (não confundir com o Bistro 100 maneiras, do mesmo chef) funciona com um único menu de degustação que muda ao longo do ano, conforme a estação. Em Abril calhou-nos o menu de Primavera, composto por sete pratos, uma trilogia de sobremesas e ainda uma outra final. 

Tivemos de esperar pelas 22h para jantar visto que, sendo o espaço relativamente pequeno, só foi possível reservar na segunda ronda de jantares. A hora tardia não nos incomodou. Chegámos ao Bairro Alto e deparámo-nos com um espaço diferente do expectável: pequeno, como já referido, sóbrio mas simples, com o principal senão a ser a curta distância entre as mesas.  Contudo, o espaço não deixa de ser simpático.

Assim que nos sentámos o Sommelier pôs-nos a par das melhores escolhas para acompanhar o menu, e optámos por dois copos de vinho, um tinto e um branco, ao invés do menu de degustação de vinhos que iria encarecer o jantar. 

O menu começou com a marca da casa, o conhecido "estendal do bairro". Desde o sabor, passando pela textura e apresentação, esta é, sem sombra de dúvida, uma marca merecida. É composto por meia dúzia de lascas de bacalhau com uma textura imensamente crocante, pelo que o bacalhau se desfaz na boca. Os pedaços vêm pendurados com umas pequenas molas num estendal que faz um prato muito giro. Aliás, todos os pratos que nos serviram tinham uma apresentação original e irrepreensível, a começar pelo próprio design do prato em si. A acompanhar o bacalhau veio um molho à base de pimento e outro de alho e coentros, ambos muito bons.

Depois de mais duas entradas, provámos algo maravilhoso: pato fumado com uma geleia de vinho da Madeira e lasca de foie gras. Este foi sem dúvida um dos pontos altos do jantar dada a explosão de sabor absolutamente divinal que este prato consegue provocar. 

Antes de limparmos o palato com um gin original e muito agradável, ainda degustámos outro prato, desta feita de peixe. 

Aquele que seria outro ponto alto do jantar, o risotto de maçã com bochecha de vitela só foi apreciado pelo João. Ficámos divididos: o João gostou muito, e eu achei a carne muito gorda e o risotto imensamente ácido. De facto, foi pena que o último prato antes das sobremesas me deixasse um sabor menos simpático na boca. 

A sobremesa foi agradável, sobretudo tendo em conta a forma como veio apresentada, com a trilogia disposta numa espécie de tronco de árvore com fumo a envolver tudo. 

Quanto ao atendimento há pouco a dizer, foi eficiente e cuidadoso como seria de esperar. Curiosamente, achámos mais profissionais as empregadas de mesa, comparativamente ao Sommelier e àquele que julgámos ser o chefe de sala. De ressalvar a simpatia durante o processo de reserva de mesa (via email e telefone).

O preço? Cada menu custa 45€ por pessoa, o vinho, cafés e água são pagos à parte.


Raquel

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