13/11/2012

a nossa viagem a Espanha V

Este será o último post dedicado à viagem de quase 5000 km por Espanha. Se estiverem a pensar aventurar-se por terras vizinhas, espreitem os posts anteriores (aqui) pois pode ser que tirem alguma ideia ou descubram alguma dica útil. 

Depois de Navarra seguimos caminho e no dia 20 de Agosto demos um pulo em Biarritz, onde nem chegámos a sair do carro, tal a quantidade de gente e de carros. O mesmo aconteceu em San Sebastián, já no País Basco. De facto, as zonas costeiras em pleno Agosto não são muito aconselháveis, a não ser que se queira mesmo muito fazer praia. Equivale a ir ao Algarve num domingo de Verão. 

Como já começávamos a acusar algum cansaço da viagem, das paragens, de andar de carro, não estávamos com paciência para confusões e seguimos caminho.

Pensámos ficar em Mundaka por uma noite mas estava tudo lotado, desde hotéis a parques de campismo, pelo que a ideia de dar um mergulho foi posta de lado, além de que o tempo não estava muito famoso.

Seguimos até Bilbau e chegámos lá de noite, o que normalmente é péssimo sobretudo se formos sem nenhum sítio marcado para dormir. A chuva e as festas da cidade, com imensa gente nas ruas, receberam-nos e depois de voltas e voltas fomos parar a Cantábria (outra região de Espanha) onde pernoitámos numa pensão. 

No dia seguinte fomos passear por Bilbau e o primeiro impacto não foi o melhor. Os vestígios das festas da noite anterior eram mais que muitos, ao ponto de vermos gente em plena hora de almoço a cheirar cocaína de capots de carros.  A verdade é que estávamos cansados e uma cidade grande não era, de todo, o que nos apetecia.

Demos as voltinhas turísticas pelo Guggenheim, pela zona antiga e fomos embora. 



No dia 21 de Agosto já estávamos nos Picos da Europa, nas Astúrias. A ideia era ficar a acampar, acordar muito cedo e fazer longas caminhadas pela montanha. Não fosse o temporal que se abateu mal acabámos de montar a nossa tenda (e fazer remendos para tapar uns buracos), e tínhamos feito isso tudo.

A primeira noite foi passada entre a tenda e o restaurante do campismo, a fim de nos protegermos da imensa chuva. Durante a noite, tínhamos trovões como música de fundo e o som da chuva a bater na frágil tenda, que metiam medo.

No dia seguinte subimos no teleférico de Fuente Dé até ao cimo de uma montanha e, para grande tristeza nossa, não passeámos mais. 



No dia seguinte já estávamos de partida. Por estradas lindas fomos até Posada de Valdeón, ainda na zona dos Picos da Europa. Ficámos uma noite e passeámos em Caín, uma caminhada longa num desfiladeiro. 




 A 23 de Agosto seguimos caminho até Oviedo. A paragem não estava planeada, mas apetecia-nos descansar antes do regresso a Portugal. Aproveitar os "últimos cartuchos". Oviedo acabou por se mostrar uma cidade óptima para esse propósito: pouco turística, gira, com alojamento relativamente barato.

Passeámos pela cidade sem destino marcado, passeámos sem máquinas fotográficas, passeámos como se não fossemos turistas, pelo que não há nenhuma imagem que registe a nossa ida.

Dois dias depois lá fomos nós novamente: a última paragem em Santiago de Compostela, onde só ficamos umas horas, debaixo de chuva. 

 


Terminou aqui a nossa viagem!



Raquel e João

2 comentários:

A. disse...

Essas viagens deixam-nos sempre com vontade de fazer mais outras do mesmo género. E é tão bom poder aproveitar os lugares, as gentes, os costumes longe dos circuitos "turísticos"...

Se algum dia quiserem companhia ou se nos quiserem acompanhar nas nossas aventuras, estamos prontos!
:)

les bons vivants disse...

É isso mesmo, A.

Obrigada! :)