Esta sobremesa é uma adaptação da tarte de limão e chocolate da Leonor de Sousa Bastos, e das suas flagrantes delícias (clicar para aceder ao website).
Embora a ideia inicial fosse cumprir a receita à risca, acabei por alterar dois pormenores e aldrabar os tempos (não de forno, mas os de refrigeração da massa) - ainda assim correu bem, tendo em conta que sou muito pouco dada a doces!
Para a massa da tarte é preciso:
- 175 gr de farinha de trigo (sem fermento)
- 25 gr de cacau em pó
- 25 gr de açúcar
- 125 gr de manteiga fria aos cubinhos
- 1 gema grande
- 2 colheres de sopa de água fria
- uma pitada de sal
- 75 gr de chocolate ralado (eu utilizei apenas 55 gr, deixei alguns pedacinhos inteiros também)
Misturar a farinha, cacau em pó, açúcar e sal. Juntar a manteiga aos cubinhos e amassar, com os dedos, como se fizéssemos migas. Juntar depois a gema e a água. Misturar bem até se obter uma massa homogénea. Proteger a massa com película aderente e refrigerar durante uma hora (a aldrabice número 1 foi aqui: como estava com pouco tempo, refrigerei a massa apenas meia hora e no congelador! Quando a tirei estava dura de mais, mas com o calor das mãos foi ganhando forma).
Estender a massa, pô-la na tarteira (que deve ter uns 23 cm de diâmetro) e picar com um garfo. Refrigerar mais duas horas (aldrabice número 2: refrigerei novamente no congelador e durante uns 45 minutos, apenas).
Pré-aquecer o forno a 200º C. Tapar a massa com papel de alumínio e colocar pesos em cima, para que não levante, e colocar no forno por 15 minutos. Retirar, deitar fora o papel de alumínio, baixar o lume para 170º C e levar ao forno por mais 5 minutos.
Retirar do forno, espalhar o chocolate ralado e deixar arrefecer (não usei o chocolate ralado todo, nem usei chocolate de cozinha, usei o de leite da Nestlé, deitei uns dos pedacinhos maiores também).
Para o recheio é preciso:
- 150 ml de sumo de limão e lima:
3 limões, 3 para as raspas e 2 para o sumo
1 lima, para as raspas e para o sumo (a receita original é apenas com limão)
- 150 gr de açúcar
- 4 ovos grandes
- 150 ml de nata espessa (usei as natas frescas, dos pacotes de plástico)
- restante chocolate ralado e pedacinhos (a receita original não inclui esta parte)
Misturar o sumo de lima e limão, as raspas e o açúcar e bater. Incorporar os ovos as natas, aos poucos, sempre a bater. Acrescentar o restante chocolate.
Verter sobre a base de chocolate, já arrefecida, e levar ao forno durante 50 minutos.
Julgo que há um truque para que a superfície não fique com bolhinhas, não tenho a certeza se será este, lido no site da Leonor: «bater com a forma sobre a mesa para evitar borbulhas de ar» - antes de levar ao forno.
Deixar arrefecer para desenformar, servir frio e cobrir com açúcar em pó (óptimo para disfarçar as tais bolhinhas).
Como podem ver pelas fotografias, ficou com bom aspecto. Se tivesse tido mais cuidado, jeito e prática, a massa tinha ficado melhor estendida e melhor colocada na tarteira. Parece-me também que a minha tarteira é maior do que o suposto (não a medi), uma vez que a tarte podia ter ficado mais alta. A consistência da minha massa não deve ser a suposta, é meia quebradiça como se fosse bolacha, e deve ter que ver com os tempos de refrigeração que não cumpri.
Raquel
6 comentários:
Olá Raquel,
Não suspeitaria que é pouco dada a doces porque a tarte está com um aspecto delicioso!! :)
Adorei!!! Obrigada!:)
Beijinhos,
Leonor
Apesar das 'aldrabices' ficou c um aspecto maravilhoso :) Bjinhos!
Acho que te "saiste" muito bem!!
Está com muito bom aspecto!!
Já comia um pedacinho...
leonor de sousa bastos,
as suas receitas são uma inspiração, têm o poder de nos pôr a cozinhar melhor! Obrigada eu pelas suas palavras tão queridas!
Anjo-de-Mel,
muito obrigada! :)
caica,
:) para a próxima guardo um bocadinho!
Raquel
Eu fiz esta tarte seguindo a receita original, ou seja, cumprindo os tempos de refrigeração e a massa não ficou como penso que seria de esperar, ficou tipo bolacha mas bastante dura. Penso que isto se deverá ao tempo de cozedura, que será exagerado, e não ao tempo de refrigeração...
Isa,
não sei! A minha também ficou género bolacha, quebradiça, mas não estava muito dura. De resto, o recheio com o tempo de cozedura, que cumpri, ficou óptimo.
Pode ter que ver com os fornos utilizados. Será?
Raquel
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