08/10/2014

truques e dicas - como aproveitar ao máximo uma babymoon e viajar grávida

Daqui a pouco mais de 15 semanas vamos ser pais, o que significa, claro, mudanças a vários níveis, incluindo no que respeita a viagens. 

Toda a logística de viajar com mais alguém (sobretudo para fora do país), e que necessita de rotinas, horários, cuidados, implica planeamento extra, para além de ser mais uma despesa no momento de viajar.

Ou seja, enquanto a bebé não tiver idade para viajar ou para ficar entregue ao cuidado de avós e tios, não há viagens para ninguém, o que pode significar não nos metermos num avião nos próximos 3 anos (não quer dizer que não se possa viajar com eles mais pequenos, mas a logística é maior e quanto mais autónomos forem, melhor).

Assim, decidimos fazer uma última viagem antes de a bebé nascer, em jeito de babymoon. Uma última viagem sem termos de levar a casa toda às costas ou sem ficarmos com o coração pequenino por estarmos longe. 

O destino? Paris! Romântico, com imensa arquitectura, cultura e arte, boa comida e pouco tempo de voo.

Mas isto de viajar grávida tem o que se lhe diga. Por isso, deixo-vos algumas dicas minhas e da Lonely Planet


  • Em primeiro lugar, a escolha de viajar tem de ser consciente. Convém que a gravidez não seja de risco, esteja a correr bem e que o médico não levante qualquer problema. 

  • O melhor trimestre para viajar é o segundo. No primeiro, o risco de aborto espontâneo é maior, pelo que convém ter alguns cuidados extra de modo a garantir maior tranquilidade. Além disso, e falo por experiência própria, neste trimestre o cansaço atinge-nos muito mais facilmente. De resto, para quem sofre destes sintomas, não deve ser nada agradável viajar constantemente nauseada. No último trimestre, para além de já se estar numa fase avançada da gravidez, o que significa que uma grande barriga nos vai fazer maior peso, a possibilidade de um parto prematuro ou maior necessidade de assistência médica é uma realidade. No segundo trimestre já temos uma bela barriguinha para exibir e levar a passear, já ultrapassámos as fases críticas e ainda temos mobilidade para andar de um lado para o outro.

  • Se a viagem for para um país em que seja obrigatório ou aconselhável tomar alguma vacina ou fazer medicação preventiva, é importante confirmar com o médico que não há qualquer problema, e que ele indique o que pode ou não ser tomado. 

  • Se a viagem for de avião, deve sempre confirmar-se qual a política da companhia aérea em relação a passageiras grávidas. Muitas exigem uma declaração médica, normalmente a partir do 7º mês de gravidez.


  • Quando estiver a escolher onde pernoitar, caso opte por alugar um apartamento ou outro tipo de alojamento, certifique-se que não tem de subir imensos lances de escadas, que tem conforto suficiente para dormir e tomar banho.

  • Leve consigo o Boletim da Grávida, onde está reunida informação médica acerca da gravidez.

  • Leve consigo as vitaminas pré-natais e outra medicação que esteja a tomar.

  • Evite levar demasiada bagagem, pois vai ter de a carregar. 

  • Opte por roupa e calçado confortáveis e pondere utilizar meias/collants de descanso para grávidas e uma faixa para a barriga. Durante a viagem, sobretudo se for de avião, beba bastantes líquidos, e levante-se algumas vezes, de modo a que uma eventual tromboflebite não se agrave. 

  • No destino, não se esqueça das recomendações médicas em relação ao que é ou não aconselhável comer. Tenha atenção redobrada se estiver num país em que a gastronomia seja muito diferente (vegetais crus, ovos, carnes, peixes, marisco, água da torneira...). Certifique-se que não ingere nada indevidamente cozinhado. Não queremos arriscar uma intoxicação alimentar nem nada do género.

  • A gravidez exige um planeamento da viagem ainda mais cuidadoso. Não convém querer ver o Prado, o Thyssen e o Reina Sofía no mesmo dia. Sugiro que se planear uma ida a um museu, por exemplo, não coloque mais nada na agenda para esse dia. Intercale actividades de maior esforço com outras mais relaxadas. Não se esqueça de ir parando e descansando. O cansaço ataca de repente e não convém exagerar.

  • Informe-se acerca dos meios de transporte e perceba qual o melhor para si. Em Paris, por exemplo, embora o metro seja uma boa opção, tem de se andar bastante entre as estações e linhas, acabando por não compensar tanto. 

  • Evite filas. Se puder compre bilhetes/entradas com antecedência e não se esqueça que provavelmente tem prioridade por estar grávida.

Boa viagem!


Raquel


2 comentários:

Anónimo disse...

o Prado, o Thyssen e o Reina Sofía são museus madrileños não parisienses...

les bons vivants disse...

Certamente que são. Ninguém disse o contrário. Era apenas um exemplo...