31/05/2013

viagens e sítios - Gerês

O Parque Nacional Peneda-Gerês foi a primeira área protegida criada em Portugal e é uma zona única no país, ou não fosse também o único Parque Nacional. Esta extensa área que passa por cinco concelhos é um dos ex-libris paisagísticos e turísticos de Portugal.

O Gerês, esse tesouro escondido nas montanhas graníticas do Norte, é um paraíso na terra para quem aprecia o contacto com a natureza.

Caminhadas e/ou passeios mais descontraídos no meio da montanha, trilhos que nos levam pela vegetação adentro, quedas de água que não imaginamos ver no nosso país, piscinas naturais, são apenas algumas opções do que se apreciar conciliando a actividade física e o descanso/relaxamento. 

Uma visita ao posto de turismo é essencial para quem não quer desperdiçar tempo e para quem quiser ser aconselhado acerca dos variados percursos pedestres que se podem fazer. Mapas nunca são demais! Conhecer os pontos fortes do passeio também não, assim como uma breve apresentação da fauna e flora. 
Como sugestão para caminhada, sobretudo para os mais resistentes/aventureiros, aconselhamos o trilho da Fenda da Calcedónia.


O trilho tem cerca de 10km e é a subir, passando por caminhos de cabras e zonas com  blocos graníticos. O que torna este trilho especial é o facto de ter de se passar por uma  fenda num enorme bloco de pedra. Esta parte causa alguma adrenalina (para os menos habituados a estas andanças) devido à necessidade de escalada e ao espaço apertado.

O centro da vila em si, não é atractivo, servindo apenas de apoio a quem está instalado na zona. O parque de campismo mais perto, apesar de agradável e diferente dos outros, peca pelos socalcos demasiado pequenos e próximos uns dos outros, e pela distância da casa-de-banho.

Ainda assim, há várias opções para alojamento, e deixamos uma sugestão: Hospedaria D. Eufémia. É um espaço simples, mas asseado e que tem a grande vantagem de ter estacionamento. Ah, claro, o preço: barato! 30€ por noite, por quarto duplo com pequeno-almoço incluído (e estacionamento). Vale a pena, sobretudo porque fica perto do centro e de outros locais de interesse. 

O que nos desiludiu mais foi o facto de não termos tido oportunidade de experimentar um sítio onde se comesse mesmo bem. Criámos expectativas com as filas à porta do restaurante Lurdes Capela no centro da vila e com a ementa que nos aliciava com uma posta barrosã. Mas a comida em si não era excepcional. 

Ficam algumas fotografias para vos abrir o apetite! E não se esqueçam: não façam lixo nem fogo, protejam esta área e tenham cuidado com as zonas de quedas de água que são perigosas, sejam aventureiros q.b. e sempre de forma responsável.





Raquel

5 comentários:

Alexandra, a Grande disse...

Ó Raquel... então vocês enfiaram-se pela fenda da Calcedónia acima e não deram com o restaurante Abocanhado ali tão perto? É uma maravilha!
Estava com esperança que me dissessem se ainda está aberto (entretanto já confirmei que está). É em Brufe, do outro lado do rio Homem a partir do campo do Gerês. Para a semana conto eu como foi!

(muitos parabéns, já agora, esse trilho... upa, upa!)

les bons vivants disse...

Alexandra, a Grande,

fica prometida uma visita a esse restaurante (tem boa carnucha?) da próxima vez que lá andarmos!

:)

Raquel

Alexandra, a Grande disse...

Combinado! Depois digo-vos que tal estava o cabrito...

Anónimo disse...

Embora tenha ficado contente com a publicação no p3 de uma crónica sobre uma zona da região em que moro, Gerês, confesso que fiquei desiludida. Calculo que o tempo tenha sido escasso e concedo que a vila do Gerês não é um local particularmente interessante, mas se eu não conhecesse já o local, não ficaria particularmente entusiasmada em lá ir.

Supondo que a Raquel e o João residem em Lisboa, o equivalente seria talvez falar sobre a cidade (que de resto adoro)da seguinte forma:

Lisboa é a maior cidade em Portugal e é uma zona única no país, ou não fosse também a sua capital. Esta extensa área que passa por dezasseis concelhos é um dos ex-libris paisagísticos e turísticos de Portugal.

Lisboa, esse tesouro escondido na costa ocidental da Europa, é um paraíso na terra para quem aprecia o contacto com capitais europeias de pequena a média dimensão.
Caminhadas e/ou passeios mais descontraídos no meio da cidade, ruas que nos levam pelos bairros adentro, o Tejo que descobrimos ser um rio com uma largura e brilho que não imaginamos ver no nosso país, parques públicos (pergunte pelo Parque da Quinta das Conchas, são apenas algumas opções do que se apreciar conciliando a actividade física e o descanso/relaxamento.

Uma visita ao posto de turismo é essencial para quem não quer desperdiçar tempo e para quem quiser ser aconselhado acerca dos variados percursos pedestres que se podem fazer. Mapas nunca são demais! Conhecer os pontos fortes do passeio também não, assim como uma breve apresentação da cidade.

Como sugestão para caminhada, sobretudo para os mais resistentes/aventureiros, aconselhamos a subida até ao Castelo de São Jorge.

O trilho tem cerca de 2km e é a subir, passando por caminhos estreitos macadamizados. O que torna este trilho especial é o facto de ter de se passar por uma bilheteira para entrar no monumento. Esta parte causa alguma adrenalina (para os menos habituados a estas andanças) devido à necessidade de espera na fila e ao espaço apertado dos torniquetes.

O centro da cidade é atractivo e serve de apoio a quem está instalado na zona. O parque de campismo mais perto, apesar de agradável e diferente, peca pelo facto de se situar a pelo menos 25 quilómetros de qualquer uma das centrais de transportes rodoviários ou ferroviários da cidade de Lisboa.

Ainda assim, há várias opções para alojamento, e deixamos uma sugestão: Downtown Design Hostel, Lisboa. É um espaço simples, mas asseado e que tem a grande vantagem de se situar no centro histórico da cidade. Ah, claro, o preço: barato! 31,99€/noite. Vale a pena, sobretudo porque fica perto do centro e da maioria dos locais de interesse.

O que nos desiludiu mais foi o facto de não termos tido oportunidade de experimentar um sítio onde se comesse mesmo bem (culpa nossa, que não procurámos muito). Criámos expectativas com as filas à porta Cervejaria Trindade, em pleno Bairro Alto, e com a ementa que nos aliciava com um bife. Mas a comida em si não era excepcional.

Não se esqueçam: não façam lixo nem fogo, protejam esta área e tenham cuidado com os assaltos de esticão ou com recurso a arma branca, que são perigosos, sejam aventureiros q.b. e sempre de forma responsável.

Sendo certo que o texto que adaptei, de forma tonta, admito, não refere informação incorrecta sobre Lisboa, não me motivaria a percorrer os 300 quilómetros que me separam da capital.

Espero que tenham oportunidade de regressar ao parque e de descobrir o encanto que creio que possui.

Boa sorte para o vosso trabalho.

Cumprimentos

Helena S.


les bons vivants disse...

Bom dia Helena,

obrigada pelo seu comentário.

Nós já descobrimos o encanto do Parque (e queremos lá voltar, claro), mas infelizmente nem sempre é possível traduzir da melhor forma, da mais completa e descritiva possível, as experiências que vamos tendo.

Aquilo que procuramos fazer é tão simplesmente um relato da nossa experiência e um apanhado do que consideramos serem os pontos altos e baixos das nossas visitas. Uns textos conseguem ser mais pormenorizados, outros nem tanto, é um facto. Nem sempre estamos inspirados.

No caso em concreto do Gerês, sentimos dificuldade em transpor para palavras o encanto do local. Fazemos o melhor que conseguimos e não podemos deixar de ressalvar que este texto não é uma peça jornalística, nem tão pouco um artigo, é uma opinião pessoal que relata, mal ou bem, a experiência de duas pessoas sem qualquer tipo de responsabilidade em transmitir estas mensagens.

Para informações imparciais e mais completas, julgo que um blogue não é o melhor recurso para quem quer encontrar esses dados. Nós limitamo-nos a apresentar os locais e a dar duas ou três sugestões para quem lá for, na expectativa de que mais leitores se juntem a nós e partilhem as experiências.

Já que aparenta conhecer tão bem a zona, talvez tivesse sido mais útil para quem aqui passa, se deixasse outras sugestões e outra visão da vila.

Obrigada.

Raquel